
Nas pessoas.
Nos projectos. (nas resoluções de ano novo, que já estamos a ponderar mentalmente)
Nos votos.
Nos presentes.
Nas tradições - espera... Nisto, acho que vai ser muito parecido. Mas só nisto.
No espírito.
Este é um blog de duas irmãs que, como tantas outras coisas, juntas, representam mais do que a sua soma... Por isso, destas duas se fazem três - eu, tu e nós, numa interacção dialéctica cuja responsabilidade está por apurar...
"Há algo de paradoxal na nossa cultura relativamente à conceptualização da medicina e relativamente aos seus profissionais. (…) Poucas escolas de medicina oferecem actualmente aos seus estudantes qualquer formação acerca da mente normal, formação essa que pode ser fornecida apenas num currículo com fortes componentes em psicologia geral, neurofisiologia e neurociência. As escolas de medicina proporcionam estudos da mente doente que se encontra nas doenças mentais, mas é espantoso ver que, por vezes, os estudantes começam a aprender psicopatologia sem nunca terem aprendido psicologia normal. (…) Ao longo dos três últimos séculos, o objectivo da biologia e da medicina tem sido a compreensão da fisiologia e da patologia do corpo. A mente foi excluída, tendo sido em grande parte relegada para o campo da religião e da filosofia, e, mesmo depois de se ter tornado o tema de uma disciplina específica, a psicologia, só recentemente lhe foi permitida a entrada na biologia e na medicina. (…) O resultado de tudo isto tem sido uma amputação do conceito da natureza humana com o qual a medicina trabalha. Não surpreende que, de um modo geral, as consequências do corpo sobre a mente mereçam uma atenção secundária, ou não mereçam mesmo qualquer atenção. A medicina tem demorado a aperceber-se de que aquilo que as pessoas sentem em relação ao seu estado físico é um factor principal no resultado do tratamento. (…) Começa, finalmente, a ser aceite o facto de as perturbações psicológicas poderem provocar doenças no corpo, mas continuam por estudar as circunstâncias em que isso se verifica e o grau que atinge (…) Não prece provável que diminuam, a breve trecho, a proclamação de sentimentos feridos, a procura desesperada da diminuição da dor e do sofrimento individuais ou o chorar inarticulado pela perda do equilíbrio e felicidade interiores nunca alcançados, a que a maior parte dos seres humanos aspira. Seria absurdo pretender que a medicina curasse sozinha uma cultura doente, mas é igualmente absurdo ignorar esse aspecto da doença humana."
Para ir trabalhar, só tenho botas e sandálias abertas: nenhum meio-termo. E, por exemplo, a semana passada conseguia andar muito bem de sandaleca, mas esta semana os meus pés começaram a tiritar e os meus pseudo-alunos e jovens com quem trabalho gozaram comigo, por andar de bota de cano alto!!! E eu não tive argumentos…
Perguntam vocês, e muito pertinentemente: mas porque não tens esse tal do meio-termo? E respondo eu, agonizada: Porque não consigo comprar sapatos! Destroem os meus queridos pés!, conserve-os Deus de boa saúde! Eu ando bastante a pé quase todos os dias, pelo que dá muito jeito ter umas belezas confis nos pés…
Belezas porquê? Porque tem que ter um mínimo de estética, não é? Isso é ponto assente. Por exemplo, vou dar-me ao luxo de fazer ouvidos moucos à sugestão d’A mãe, que me recomendou uns sapatos deste género… Honestamente, não faz muito o meu estilo…
Outra opção seria aqueles belos daqueles sapatos ultra mega lindos, tipo estes…
Gosto mesmo muito dos peep toe shoes… Mas, aqui, coloca-se a questão do conforto… Não suporto o aperto à frente, nem os saltos, que raramente são confortáveis…
Por esta altura, estarão porventura vocês a pensar nas famosas sabrinas…
Pois, e se eu vos contar que as duas únicas vezes que os meus pés sangraram de dor (não no sentido figurado!) foi com sabrinas? Acreditam? Claro que acreditam, nunca vos menti! Pois, aqui têm! Já experimentei umas quantas este ano, e queria mesmo comprar umas, porque talvez fosse a resposta ideal para as minhas dúvidas existenciais, mas ainda não fui capaz de adquirir nenhuma, pois ou me apertam e eu entro em pânico, ou têm a parte de trás demasiado alta e eu desconfio, ou são de elástico, tipo as daqui de baixo, e ficam meio frouxas, não encaixam no meu pé, sinto que, a qualquer momento da minha caminhada, alguma me vai ficar para trás, sem eu dar por isso!...
Sugestões?...
p.s.: As cunhas são uma boa opção, sim, não perfeita, mas aceitável... Desde que não muito altas e que o sapato não aperte à frente... Tenho umas sabrinas de cunha lindas de morrer e ressuscitar e morrer outra vez, que quase não posso usar, God damn!