segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Estou com apetites...

Amostra dos petiscos do Natal 2009 existentes à mesa d'As manas... *suspiro*

as pipocas do cinema e eu - uma história de amor

Eu amo-as. Elas amam-me. Somos muito felizes juntos.

Não, eu não compro pipocas sempre que vou ao cinema. Aliás, eu raramente como pipocas do cinema. E quando compro, normalmente, é no fim do filme, não costumo comer na sala de cinema que já sei que isso é coisa de perturbar muita gente. A mim não me incomoda nada, no entanto.. nada nas pipocas do cinema me incomoda. Porque elas são perfeitas.
Sabes aquelas pipocas que são tão boas que uma pessoas vê e diz "iiih que pipocas tão boas!!". São as do cinema. Grandes, estaladiças, doces e ligeiramente caramelizadas, que perdição..
De facto, foi quando apareceram as pipocas do cinema que se começou a usar a expressão "boa como o milho".
True story.

domingo, 28 de novembro de 2010

Espelho meu, espelho meu...

... há alguém mais neurótica do que eu???

Momento poético do dia

Tenho vontade de vomitar ingenuidade pelos meus olhos encandeados.

Autoria: A Crente

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Livros de volta à prateleira XIX

"Mar me quer", Mia Couto

Lindo! Maravilhoso!
Uma história linda, escrita de uma forma linda; até as ilustrações são lindas - adorei o livro!
Transbordam as expressões deliciosas, é daqueles livros que dá pena ter de fechar tão cedo...
Se quisesse ser fiel ao meu hábito de transcrever aqui as minhas passagens preferidas, teria que transcrever o livro quase todo (não é exagero)! Por isso, vou, a custo, escolher apenas um dos ditos do avô Celestiano: "O caracol se parece com o poeta: lava língua no caminho da sua viagem."

É uma obra muito bonita, recomendo fortemente a qualquer pessoa que goste de ler: basta gostar de ler - e duvido que seja possível não gostar deste livro...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

terça-feira, 23 de novembro de 2010

grrrrrrr

Porque é que sempre, mas seeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeempre, que vou a uma caixa multibanco para fazer uma coisa tão demorada quanto levantar dinheiro, está uma pessoa à minha frente a pagar: a conta da luz, a conta da água, o gás, a electricidade, a carregar o telemóvel, a fazer transferências e a jogar tetris??? Porque tetris? Foi a coisa mais demorada de que me lembrei...

Qed:

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sou eu, ou são todos os outros????

De manhã, foi o professor: Esteja cá ao meio-dia e um quarto (pensamento: meio-dia e um quarto é tardito para o senhor... mais vale confirmar...) Meio-dia e um quarto? Sim.
Meio-dia e quarto... Meio-dia e vinte... Meio-dia e vinte e cinco... Meio-dia e meia - Está? O professor está na escola? Não o encontro... Então, eu já vim almoçar... Você não apareceu... Mas eu estou aqui desde o meio-dia e um quarto... Pois, mas combinámos às onze e um quarto!

À tarde, foi o motorista: Da próxima vez, poderia vir mais quinze minutos mais cedo? É que a consulta é às três certas, e, como temos que ir buscar a criança, acabamos por chegar tarde... Quinze minutos? Até posso estar lá vinte minutos mais cedo! Ontem, estive vinte minutos à sua espera! Ontem?! Ontem eu vinha a entrar mesmo atrás de si, às três. Não, não! Eu estava lá às duas e quarenta, até estive a fazer tempo à sua espera! Não, desculpe, mas ontem eu levei o carro e ia mesmo atrás de si a entrar no ***, lembra-se que até estava uma carrinha a bloquear o caminho e teve que fazer umas manobras para conseguir passar? Hum... Mnhé... Ontem, eu estava lá às duas e quarenta!

À noite, foi o Malato: E a língua oficial de S. Tomé e Príncipe é... a dobra! Ele disse língua, não disse? Disse. Não fosse a minha mãe para confirmar o que ouvira, começava a preocupar-me seriamente! Mas não. Eu tive razão das vezes todas. Ainda não ando a voar sobre um ninho de cucos....

terça-feira, 16 de novembro de 2010

É bom, se não gostares de sopa*

Sinto-me como uma mosca na tua sopa...

* ou se fores um sapo

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

No dia de s. martinho

vai à adega, prova o vinho, e dá os parbéns à Mais Velha!!!!!

Muitos parabéns amore mio!!!

Beijoooooooooooo

Conselho de Novembro

"Os bons pensamentos produzem bons frutos, os maus pensamentos produzem maus frutos... e o homem é seu próprio jardineiro."
(James Allen)

Livros de volta à prateleira XVI, XVII e XVIII

"Capitães da Areia", Jorge Amado

Gostei muito! Uma história crua mas comovente de um grupo de crianças que, por força das circunstâncias, aprenderam a não depender de ninguém senão deles próprios... Eu fiquei fã de Jorge Amado e, certamente, esta não será a última obra a pousar na minha mesa de cabeceira!

"Notícias do Paraíso", David Lodge

"Notícias do Paraíso" pareceu-me um bom título para as férias! :) Um romance típico de David Lodge, com toda a ironia e todo o sexo e todas as personagens estereotipadas... E isto, também: o cérebro é uma criatura caprichosa e indisciplinada. Nem sempre era possível mantê-lo preso à trela, de modo que passava o tempo em fugas para o mato rasteiro do passado, a desenterrar algum osso bolorento da memória e a trazê-lo de volta, com o rabo a abanar, para lho pôr aos pés. E, ainda, isto: uma máxima atribuída a um francês (...) segundo a qual "50 é uma boa idade, porque quando uma mulher diz 'sim' sentimo-nos lisonjeados e quando diz 'não' ficamos aliviados".

"Frágil", Jodi Picoult

Já tinha visto o filme "My sister's keeper" ("Para a minha irmã"), que se baseou num romance desta autora. E gostei bastante... Mas nunca tinha lido um livro da senhora e não fiquei impressionada... Achei interessante a estrutura do livro, que permitiu apresentar as várias perspectivas que cada personagem tinha sobre a mesma história, pois Picoult deu a (quase) todas a oportunidade de a relatarem na primeira pessoa... Mas, embora compreenda que, se calhar, transformada em filme, acabasse por resultar em algo interessante, a verdade é que a história, relatada deste modo, não me chamou a atenção... Ainda por cima, a tragédia com que o romance começa só se adensa, ao longo da história, e os escassos momentos de paz são isso mesmo... breves momentos... As coisas que se partem - sejam ossos, corações ou promessas - podem voltar a ficar juntas, mas nunca mais ficarão inteiras.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ideias que vão mudar o mundo

#1. ir aos ídolos cantar o tema de abertura do Family Guy, ou American Dad ou mesmo os parabéns

ou, pelo menos, era muito engraçado se alguém as pusesse em prática

#2. ir para a rua com um sofá freudiano e uma cadeira e com uma placa "Vamos falar?"

Na esplanada do Majestic

Três de Novembro de dois mil e dez. Em alemão as datas são só uma palavra.
Café Majestic, Porto. Acabaram de me trazer o lanche, cheira bem demais para continuar a escrever. Hm, ocorre-me agora que o cheiro bom é das castanhas que estão a vender aqui à frente.
(..)
São quatro menos dez da tarde. Adorei o meu lanche de chá de menta e croissants com compota de pêssego. Acabei de almoçar às duas, agora imagina o quanto ia gostar disto se tivesse fome.
Vim do metro logo para aqui porque queria começar a escrever "as ideias que vão mudar o mundo" mas, lembrando-me que ainda tenho de ir à Fnac, vejo que fiz a escolha errada, porque o que eu queria agora era ficar aqui sentada sem compromissos. E o tanto que eu tenho de estudar...
Ao meu lado sentam-se dois espanhóis.
Quem me dera ser estrangeira nesta cidade. Ou melhor, estar numa cidade estrangeira. Assim não teria de pôr óculos escuros nesta zona de sombra avassaladora, nem esta boina que, como qualquer outra, faz a minha cabeça esquisita...
E se eu desistisse de medicina e fosse para artes, só para poder ter uma razão para ser uma freak? Ser de artes é a melhor desculpa para ser freak...
Qual é a cena deste sítio, anyway? Os bancos são desconfortáveis, muito embora seja agradável virem duas pessoas servir-nos... A moeda de um euro de troco nem sequer é portuguesa. Pior, é espanhola... Não teria sido melhor percorrer a rua a comer umas "quentes e boas" que tão bem cheiravam há bocadinho?
As pessoas passam e tiram fotografias. "Agora tu", e trocam de lugar - a fotógrafa passa a fotografada e vice-versa.
Uma mulher de mangas cavas e chupa-chupa cruza-se com outra de gorro e cachecol. Que mundo é este? Que pessoas são estas? Que pessoa é esta que está aqui à sombra de óculos de sol, pretendendo ser estrangeira numa cidade que diz conhecer?
Um branco e um preto abraçam-se, velhos. Ou dão um velho abraço (deixa-me cá introduzir umas figuras de estilo). Pode ser um comentário racista mas não deixa de ser bonito.
Sabem aquilo de grupos de chineses que passam com máquinas ao pescoço? Claramente não é só nos filmes que acontece... Juro que se alguém vier falar comigo lhe respondo "what?". Ou então "quoi?".
Passa gente do ICBAS trajada. Espero que não me conheçam, agora estou estrangeira.
Um dos espanhóis faz as sombrancelhas e usa maquilagem.
O Majestic não vende tabaco. Não fui eu que perguntei, Mãe. Eu, a fumar, só cachimbo.
A mulher das cavas devia ser estrangeira. Todas as pessoas que por aqui passam descascadas são estrangeiras.
Um carro da polícia passa e um velhote pára e faz-lhe continência.
De repente apetece-me ter alguém com quem falar para comentarmos estas coisas; as folhas parvas deste caderno não me respondem. Isto não é nenhum diário de Riddle. Não volto a vir lanchar comigo, estou vinte e quatro horas comigo todos os dias, cansei-me de mim. Ainda que agora esteja estrangeira, no fundo sou a mesma. Vou à Fnac chorar um bocadinho em frente à prateleira dos Friends por faltar tanto para o Natal.
E, como agora estou estrangeira, até vou deixar o euro espanhol de gorjeta.

Mas, espera,

já é dia 3 de Novembro e ainda não há luzes de Natal?? Não estou a perceber...