Hoje, por exemplo

Há dias menos bons.

Dias em que contam uma piada a que até achamos graça, mas os neurónios cerebrais responsáveis pela dupla tarefa de flexão/extensão dos músculos da face impedem-nos de sorrir...

Dias em que não percebemos muito bem porque ficamos tão incomodados com o resultado de algo em que, pelo menos parcialmente, tivemos sucesso...

Dias em que nasce um medo em nós, que nunca tínhamos sentido, e que é estranho, tão estranho, que não sabemos como lhe responder, como reagir...

Dias em que as nossas lutas de outrora são questionadas, fazendo-nos sentir que aquilo contra o que lutávamos é algo natural e inalterável...

Dias em que não nos entendemos.