quinta-feira, 24 de março de 2011

Da criatividade

Não deixem de visitar o site ou, até, o facebook desta fotógrafa que teve uma ideia brilhante!

Porque todos nós comparamos fotos de há 20 anos atrás, mas quem tem o privilégio de ter duas fotos tão distanciadas no tempo mas tão próximas no contexto? :)

terça-feira, 22 de março de 2011

Combóio: uma oportunidade para dois grandes prazeres (quando não há greve)

Pá, não gosto mesmo nada quando as pessoas que viajam de combóio fazem questão que os passageiros da sua carruagem e das duas contíguas ouçam claramente tudo o que dizem, quer ao telefone, quer em conversa com o vizinho do assento ao lado... É que perturbam imenso as minhas duas actividades preferidas neste meio de transporte - ler e dormir. Ver a paisagem vem em terceiro lugar. É que, depois, a conversa até se torna interessante e, cusca como sou, dou comigo mais atenta à léria da pessoa do que às páginas que leio...
E amanhã há mais uma greve, não é verdade?, e lá terei eu que sair de casa às 6h30 para apanhar autocarro e ir dormir para o trabalho... Que bonito...

Miséria... Os maquinistas estavam à espera que eu viesse para Lisboa para fazerem uma greve permanente, que é que isto é... Preguiçosos!

Ups! Agora, tenho à perna os defensores dos direitos dos trabalhadores... :S



1,80€ já estão! - agora, só falta escolher o espectáculo!

Eu sei, parece que este blog está a morrer. A bem dizer, está tipo em coma. Sim, porque estou na terra dos tipo e já me infectaram com esta peste, da qual estou a tentar curar-me. É o tipo e o bueda. Bué, vá que não vá... Agora, bueda! Por amor de Deus, Mais velha! Qualquer dia, faço aquela terapia de choque que consiste em colocar uma moeda de 20 cêntimentos num jarro, cada vez que digo uma destas palavras. Ou ambas. Como em: Isto é tipo bueda fixe! Medo... E depois, com o dinheiro, vou, finalmente, ver um concerto ou outro espectáculo de jeito, já que, finalmente, estou onde eles acontecem.

Anyway, i just called to say I... am alive! E que não me esqueci do Das duas, três! e que, mais dia, menos dia, mais hora, menos hora, as postas hão-de surgir novamente! Até porque tenho - não um, mas dois - livros para vos falar. E daqui a nada acabo por ter três. E eu não queria que este fosse um blog puramente literário; estou muito feliz com a incultura e azeitonice com que o temos apresentado aos nossos estimados leitores (que, by the way, por esta altura provavelmente desistiram de cá vir espreitar o cemitério, a ver se alguma posta tinha ressuscitado dos mortos... Pode ser que experimentem novamente por alturas da Páscoa, que é quando esse tipo de coisas acontece... Mas tipo, ainda falta bueda tempo!)!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Conselho de Março

Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos, e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta. (autor desconhecido)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Da cultura musical

Sinto-me muito velhota quando...

A mais velha: "Gostas de Alanis?"
Miúda de 18 anos: "Alanis?..."
A mais velha: "Alanis Morissette."
Miúda de 18 anos: "Não conhelço."

Ainda Alcochete

Esqueci-me de vos dizer que nunca tinha estado num centro comercial (freeport, outlet ou seja lá o que for) com tantas lojas de desporto seguidas. Mas qual a utilidade disto?, se entro em todas com a mesma pergunta, bastante pertinente em espaços daqueles, acho eu, e, em todas, me respondem "Cronómetros? Não temos..."...

O sol veio e, com ele, a escrita

DoisdeMarçodedoismileonze
'Prá semana é carnaval, o que significa que me posso dar ao luxo de vir passear para a ribeira sem ficar com peso na consciência por não estar a estudar.
Este deve ser o melhor sítio do Porto.
Nos muitos bancos que se distribuem pela marginal descansam pessoas das mais variadas faixas etárias e etnias: casais caucasianos muito certamente recém-casados, mimando o filho há poucos anos nascido; velhos de cajado e chapéu - verdadeiros guardadores de rebanhos - que não resistem a uma soneca; grupos de jovens histéricas (tem de haver sempre algum) que trocam impressões sobre vidas que, quase de certeza, não são as delas. Eu vim sentar-me num banco onde já estava uma senhora, coberta com um lenço e casaco branco, que lê um livro de capa branca. Ao dar-me uma espreitadela de soslaio, há bocado, reparei que, contudo, usa vermelho carregado nos lábios.
Algures atrás de mim (ou postero-lateralmente, professora Dulce) uma mulher de azul convida todos quantos passam para um almoço "Quer mesa?" " Gostaria de almoçar?" A única pessoa que lhe deu bola até agora, no entanto, foi um turista perdido a pedir indicações.
À minha frente estende-se o Douro que, na verdade, só oira na zona onde reflecte o sol, o restante apresenta uma cor azul-sujo pouco convidativa.
Das pessoas que passam encontro de tudo: snobs engravatados e encharutados; ciganos vendedores de óculos, relógios e outra mercadoria roubada e/ou falsificada; ingleses, noruegueses, holandeses e outros eses que mostram a nacionalidade logo na cor da pele e, os mais novos, na cor da bandeira na t-shirt; e, claro, ou não estivessemos nós numa cidade universitária, uma ou outra pessoa trajada (quase sempre uma e outra, que isto de gente trajada gosta de andar aos molhos).
Desta vez não me importava que me viessem falar, ainda que esteja a usar os mesmos óculos da última vez. Nem que fosse para dizer "sorry, i don't know, i'm not from here", que seria provavelmente a minha resposta, a não ser que me perguntassem como ir para Gaia.
Há um novo teleférico, que vai de uma ponta à outra de Gaia passando, somehow, um pouco sobre o rio. Se calhar não é assim tão novo, eu é que já não venho ver as gentes cá em baixo há muito tempo.
Taylors, Calem, Ramos Pinto, Sandeman... Ajudem-me seus bebados, que bem sei que têm na ponta da língua o nome de mais marcas de vinho do Porto. Daqui, caves que estão viradas para o rio, conto estas, mas há mais, a minha miopia é que não ajuda...
Alguém canta numa voz muito tremida e numa língua muito pouco portuguesa. E assim me embalo neste que é, sem dúvida, o melhor sítio do Porto.